"Viver em Londres é caro?" Esta é provavelmente a pergunta que mais me fazem a seguir ao "estás a gostar?", pelo que hoje venho-vos falar um pouco dos custos associados a esta cidade e também dos incentivos que Portugal dá para apoiar a mobilidade de estudantes para o estrangeiro.
Antes de mais, é preciso terem em conta que Londres é uma das cidades mais caras do mundo. Em qualquer lista que vejam, tenho a certeza que a capital de Inglaterra vai aparecer numa das primeiras posições. A libra é uma das moedas mais valiosas e, actualmente, o câmbio desvaloriza imenso o euro. Para além disso, o salário mínimo é cerca de £7 por hora, o que faz com que o custo de vida também seja superior. A casa, os transportes e, principalmente, o lazer são alguns exemplos onde se nota uma grande diferença de preços. De uma forma geral, ninguém consegue viver em Londres com menos de 1000€ por mês. Nesta conta, estou a contabilizar um quarto alugado numa casa partilhada, a comida comprada apenas em grandes superfícies e o passe mensal mais barato. Atenção, não estou a pensar numa casa situada numa zona tipo Canary Wharf ou Notting Hill nem em refeições muito elaboradas. Basicamente, estou a falar do essencial para conseguirem sobreviver. Depois é uma questão de jogarem com alguns factores: podem tentar procurar algo próximo da vossa universidade ou local de trabalho e aí poupam no transporte e em tempo, mas, provavelmente, gastam um pouco mais na renda e na alimentação, visto que, em princípio, não vão ter um supermercado perto de vossa casa. As residências também não são baratas, mas têm a vantagem de ficarem hospedados num ambiente jovem e universitário.
Quanto aos apoios, o sistema português divide os países europeus em três categorias: nível de vida elevado (Áustria, França, Itália, Noruega, Reino Unido, etc), médio (Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, República Checa, etc) e baixo (Bulgária, Eslováquia, Hungria, Malta, Polónia, etc). É com base no país que escolherem, no número de meses que vão permanecer no estrangeiro e também se vão estagiar ou ter aulas que vos vai ser atribuído um valor mensal. A bolsa não tem como objectivo custear todas as vossas despesas, mas, sim, suportar a diferença entre o estilo de vida português, classificado como sendo médio, e o do país de acolhimento. No entanto, eu não vos aconselho a contar com esse valor quando estiverem a escolher o sítio para onde querem ir. A verdade é que vocês podem não conseguir a bolsa e, mesmo que a ganhem, ela não dá para nada nem é paga em tempo útil. Para terem uma noção, eu estou há dois meses em Londres e ainda não recebi o dinheiro que disseram que me iam dar em Janeiro.
O melhor conselho que tenho para vos dar é que, quando estiverem a pesquisar universidades, mais do que o país, devem ter em conta a cidade para onde querem ir. Evitar as capitais é uma excelente forma de poupar dinheiro, se for esse o vosso objectivo. Para além disso, os países mais baratos são os que atraem mais estudantes estrangeiros, pelo que é provável que consigam ter a típica experiência de Erasmus, com festas e tudo mais. Outra vantagem de optarem por um sítio mais acessível é que o dinheiro que poupam pode ser revertido para conhecerem as redondezas. A desvantagem é que, sejamos sinceros, a maioria desses países não tem um ensino de renome.
No próximo capítulo desta rubrica, vou partilhar com vocês a pior coisa de se viver em Londres. Já agora, gostavam que fizesse um post de perguntas e respostas? Se sim, deixem as vossas questões na zona dos comentários! ;)
Quanto aos apoios, o sistema português divide os países europeus em três categorias: nível de vida elevado (Áustria, França, Itália, Noruega, Reino Unido, etc), médio (Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, República Checa, etc) e baixo (Bulgária, Eslováquia, Hungria, Malta, Polónia, etc). É com base no país que escolherem, no número de meses que vão permanecer no estrangeiro e também se vão estagiar ou ter aulas que vos vai ser atribuído um valor mensal. A bolsa não tem como objectivo custear todas as vossas despesas, mas, sim, suportar a diferença entre o estilo de vida português, classificado como sendo médio, e o do país de acolhimento. No entanto, eu não vos aconselho a contar com esse valor quando estiverem a escolher o sítio para onde querem ir. A verdade é que vocês podem não conseguir a bolsa e, mesmo que a ganhem, ela não dá para nada nem é paga em tempo útil. Para terem uma noção, eu estou há dois meses em Londres e ainda não recebi o dinheiro que disseram que me iam dar em Janeiro.
O melhor conselho que tenho para vos dar é que, quando estiverem a pesquisar universidades, mais do que o país, devem ter em conta a cidade para onde querem ir. Evitar as capitais é uma excelente forma de poupar dinheiro, se for esse o vosso objectivo. Para além disso, os países mais baratos são os que atraem mais estudantes estrangeiros, pelo que é provável que consigam ter a típica experiência de Erasmus, com festas e tudo mais. Outra vantagem de optarem por um sítio mais acessível é que o dinheiro que poupam pode ser revertido para conhecerem as redondezas. A desvantagem é que, sejamos sinceros, a maioria desses países não tem um ensino de renome.
No próximo capítulo desta rubrica, vou partilhar com vocês a pior coisa de se viver em Londres. Já agora, gostavam que fizesse um post de perguntas e respostas? Se sim, deixem as vossas questões na zona dos comentários! ;)
As coisas ainda são caras por aí é preciso mesmo fazer uma boa gestão das contas.
ResponderEliminarBeijinhos ***
Infelizmente o problema do Erasmus é mesmo esse : as bolsas não cobrem tudo e nunca chegam a tempo e horas. Uma amiga minha esteve na Holanda ( que devia estar na lista de países de nível de vida elevado) e só recebeu a segunda parte da bolsa quase um ano depois de já estar em Portugal...
ResponderEliminarEu gostava imenso de fazer, principalmente em Gales ou Irlanda :3
Beijocas*
(fazer Erasmus e sim um post de perguntas e respostas era uma ideia engraçada!)
EliminarFico curiosa para o próximo post. Gostava de saber mais ou menos quanto custa ir jantar fora em Londres, a um sítio normal como farias aqui nada muito elaborado. Beijinhos
ResponderEliminarAdorei ler o teu post! Estou curiosa para ler mais sobre a tua experiência em Londres :) Adorava visitar essa cidade.
ResponderEliminarBeijinhos,
http://chocopink89.blogspot.pt/
Bem este post foi super informativo!
ResponderEliminartenho algumas perguntas:
- em que curso estás? ano? universidade em lisboa e agora uni aí em Londres? estás a gostar do curso? estás a viver num quarto/casa partilhado? estás a gostar dessa experiência ou recomendas ter um espaço só para ti? que unis aí são de mais renome em termos de comunicação, se souberes responder? como é o tempo, muito deprimente ou há dias de sol? e as pessoas, são simpáticas ou frias?
obrigada e boa sorte com tudo!
beijinho,
Moi—byInês
Boas dicas! Embora não esteja a fazer Erasmus nem nada do género, essas dicas são adequadas não só para quem tem bolsa como para quem pensa viver temporariamente em alguns países.
ResponderEliminarBeijinhos,
Joana Freitas
Cláudia Mendonça: É verdade, viver em Londres obriga-nos a gerir melhor o nosso dinheiro! :)
ResponderEliminarDiana: Eu até entendo que as bolsas não sejam avultadas, afinal fazer Erasmus não é essencial para a conclusão de um curso. Agora, que não cheguem a tempo e horas, isso eu já não percebo! xD O post de P&R já está online. Se quiseres lê-lo, clica aqui! <3
Mariza Matos: Obrigada pela tua pergunta! :D A resposta já está online, clica aqui.
Tânia Silva: Eu acho que vais adorar Londres, é uma cidade super completa e com muita coisa para se fazer. Tens bons sítios para ires às compras, vários mercados com óptima comida e muitos dos museus são gratuitos. Para além disso, a própria cidade tem algumas zonas temáticas, como a Chinatown, que são mesmo o teu estilo. *
Inês Serôdio: Muito obrigada pelas tuas perguntas! :) As respostas já estão online, clica aqui.
Joana Freitas: Eu também acho, daí que decidi criar esta rubrica! :D
Beijinhos